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1º Integração e construção identitária do povo negro na sociedade brasileira

Ementa: Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualmente no Brasil maior parte da sua população pode ser entendida como negra (por se auto-identificar como preta ou parda), porém as possibilidades estruturais de inserção desse grupo de pessoas nas instituições socialmente valorizadas (como universidades e postos de trabalho bem remunerados) não são proporcionais, reverberando em como irá se localizar suas posições nas relações de poder de cunho sócio-político-econômico. Tendo em vista a importância de se discutir a realidade étnico-racial brasileira, propomos um GT que permita a aglutinação de pesquisas que tenham como foco os processos de integração, o lugar do povo negro e como a ideia de negritude foi se inscrevendo historicamente em suas vicissitudes no país. Para isto, é imprescindível debater o tracejar histórico que perpassa a vida dos indivíduos socialmente demarcados como negros na sociedade escravocrata, onde os povos vindos de África tiveram seus corpos aprisionados em um sistema de produção que gerava riquezas aos Estados europeus através do trabalho compulsório estabelecido em uma relação de violência física, moral, política e de apagamento cultural dos grupos oprimidos pelos seus algozes, como suas biografias são afetadas na passagem para sociedade capitalista, considerando os projetos eugenistas que foram postos como ideário de nação no Brasil república, os quais apontavam a destruição desse setor através de sua falência, que era sistematizada por políticas que o marginalizava e que relega a esta parte da população posições subalternas, desembocando nos atuais processos genocidas que ocorrem em diversos quesitos, como a negação identitária, a marginalização das suas religiões, o embranquecimento de sua estética, entre outros, mas acima de tudo a forma com que a falsa "democracia racial" impede a integração de negros e negras de forma igualitária, elaborando conexões com a tomada de consciência que ocasiona revoltas, transformando a solidariedade e a fraternidade em armas de combate frente uma sociedade tão estratificada por questões racistas. A negritude, assim, torna-se uma convocação permanente de todos os herdeiros dessa condição para que se engajem no combate para reabilitar os valores de suas civilizações destruídas e de suas culturas negadas.

Contato da coordenadora responsável:  amanda_rq@hotmail.com

2º Debatendo Gênero e Sexualidade na escola: Construindo democracia?

Ementa: Fazendo uso da política institucionalizada, cada vez mais, se intensificam e direcionam discursos que demarcam interdições acerca de discussões de gêneros e sexualidades nos espaços escolares, resultando na retirada desses debates no Plano Nacional de Educação 2014/2024 (Lei no 13.005/2014), bem como dos Planos Estaduais e Municipais de educação em todo o país. Historicamente a relação entre escola, gênero e sexualidade é conflituosa, um “terreno árido”, campos de disputa de poder entre diferentes agentes, intensificados quando se reportam às formas de expressão e vivência das sexualidades e gêneros dissidentes das normas legítimas socialmente. Tais impedimentos produzem espaço para reprodução de normativas que embasam processos de desigualdades, que resultam em violências, discriminações e preconceitos, potencializando o não-acesso a um conjunto de direitos à sujeitos que não se enquadram nas normativas de gênero e sexualidade. Este Grupo de Trabalho objetiva ser espaço de diálogo para trabalhos que problematizem a dinâmica da relação entre escola, gênero e sexualidade, refletindo sobre a importância dessas discussões como mecanismos para construção de uma sociedade democrática e de acesso a direitos por indivíduos historicamente privados do acesso à um conjunto de direitos, vivenciando contextos de desigualdades e processos de subalternização. Serão aceitos trabalhos que contenham reflexões teórico-metodológicas e relatos de experiências prático-pedagógicas que abordem de forma articulada as temáticas em questão.

Contato do coordenador responsável: w-hquis@hotmail.com

3º Diálogos e experiências narrativas em audiovisual

Ementa: Esse GT pretende reunir trabalhos de alun@s de graduação e pós-graduação com o objetivo de ampliar a discussão sobre a transdiciplinaridade do uso de sons e imagens enquanto instrumento de pesquisa, contribuindo com o debate contemporâneo sobre a audiovisualidade nas Ciências Sociais. E, principalmente, na divulgação de pesquisas, produções e produtos realizados em disciplinas curriculares, bases de pesquisa e nas instituições em geral.

Contato do coordenador responsável: maycon1cunha@gmail.com

4º Ciência, Técnica e Política: o lugar dos não-humanos na Democracia

Ementa: Os estudos antropológicos das ciências e das tecnologias têm apresentado grande expressividade no cenário científico brasileiro há pelo menos 20 anos, muito em consequência da tradução para o português de produções estrangeiras pioneiras nessa discussão. A premissa que mais se destaca neste campo tem sido perceber como ciências, técnicas e/ou políticas não são esferas autônomas; ao contrário, são cortadas por outras relações, por isso, já que são formas de produção do conhecimento de dimensões privilegiadas da esfera social, precisam ser explicadas assim como outros campos de estudos antropológicos mais tradicionais. As primeiras publicações estavam divididas entre estudos etnográficos de/em laboratórios, aquelas que se empenhavam em “reescrever” os grandes feitos/fatos científicos temporalmente e espacialmente distantes e aquelas dedicadas a análise dos grandes projetos técnico-científicos. Já as publicações atuais se destacam pelo fato de trazerem novas reflexões epistêmicas e metodológicas no que diz respeito aos saberes e práticas de conhecimento, técnicas/tecnologias, diferentes tipos de política de estado e seus dispositivos mercadológicos e da mobilização da vida nestas nos processos. Nesse sentido, interessa-nos trabalhos de cunho sociológico, historiográfico ou etnográfico que abordem as interfaces entre ciência, técnica e política, tais como: projetos de desenvolvimento, etnociências, tradições de conhecimento, conflitos entre dispositivos estatais e práticas locais.

Contato do coordenador responsável: edurocha.ant@gmail.com

de submissão de trabalhos" disponível na aba editais deste site
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